sexta-feira, 24 de julho de 2009

Memorial
Iolanda França Cardoso Araújo
Lembro-me de que o primeiro contato que tive com as letras, foi quando tinha uns cinco a seis anos de idade, mas que mais me incentivou a ser uma leitora, foi através das leituras de contos de fadas que a minha irmã Idenice fazia para mim ao deitarmos, pois ela fazia uma leitura prazerosa que me enchia de vontade de aprender a ler aqueles livros.
Então no ano de 1974, iniciei minha vida escolar e a partir daí comecei a ser alfabetizada. Naquela época existia o primeiro ano atrasado e o primeiro adiantamento, fiz os dois, mas só consegui aprender a ler mesmo na segunda série, pois a minha professora era paciente e muito competente no seu trabalho educacional. Pórem a professora que mais me marcou no primário como era chamado naquela época “o ensino fundamental” de hoje, foi a professora Lúcia Emilia, que viera de São Luis para trabalhar na milha pequena cidade. Naquele tempo os livros usados na escola eram comprados e como meus pais eram muito carentes, tornara-se muito difícil compra-los, mas mesmo assim conseguiram, porque a professora pedira. Essa professora trabalhara durante o ano inteiro leitura e interpretação de textos, isto fez com que eu gostasse muito mais da leitura.
A partir daí, passei a ter contato com muitos gênios textuais, principalmente as revistas em quadrinhos, chegava a devorá-los com os olhos. Trocava algumas revistas com outros colegas, para poder ler histórias diferentes da que eu já havia lido.
Já no “Ginásio”, assim era chamada naquela época o ensino fundamental de 5ª a 8ª séries, me encontrava adolescente, lá, não fui muito incentivada pelo gosto da leitura, mas como já tinha o comportamento da leitura, passei a ler os romances, as revistas, etc. lembro-me que gostava tanto de ler os romances, que as vezes ficava até altas horas da noite lendo, que às vezes minha mãe brigava comigo por causa disso.
Quando comecei a estudar o Magistério, logo arrumei um serviço, no meu trabalho, o que mais fazia era ler e escrever, isto ajudou-me bastante a melhorar muito mais a minha prática em leitura e interpretação. Depois que terminei o curso Magistério passei a lecionar, então nunca mais deixei os livros, estes eram os meus parceiros mais fieis. Sempre procurei usar uma metodologia que incentivasse os meus alunos a ter o comportamento de leitura, usando o mais variados gêneros e textuais. Tive prova de que sempre ensinei o gosto pela leitura, porque sou leitora também. Alguns anos atrás encontrei uma ex-aluna, que ao me ver, abraçou-me muito forte e disse-me que era muito grato a mim por tê-la ensinado a ler. E se era uma leitora assídua,era devido a tê-la despertado o gosto da leitura. Essa revelação deixou-me muito feliz, não poderia deixar de citá-la aqui.
Então quando tinha uns quinze anos de exercício no Magistério, voltei a estudar, desta vez para concluir um curso superior em Letras e assim enriquecer mais os meus conhecimentos. Lá pude perceber o quanto é importante termos o comportamento da leitura em nossa vida, uma vez, que só a minoria dos brasileiros gostam da leitura. Enquanto estudava percebi a importância que as primeiras letras tiverem para o meu sucesso como leitores e como profissional de educação.

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